As serpentes não têm orelhas;
Mas a maioria tem uma visão melhor do que a do Super Homem.
Não têm nariz;
Mas podem sentir os cheiros com muita habilidade.
As presas das serpentes venenosas, que evoluíram a partir dos dentes, estão entre os mais avançados sistemas de armas biológicas do mundo natural: não há uma estrutura comparativamente tão avançada, tão sofisticada, como a presa e a glândula venenosa de uma cobra cascavel. E se essas histórias interessantes não estão nesta lista, veja as que estão:
As cobras comem os seus filhotes
Cientistas descobriram que muitas mães cascavéis comem alguns de seus filhotes não sobreviventes; é o chamado “canibalismo pós-parto”. As mães deste estudo comeram até 11% dos seus ovos e filhotes mortos. Porquê? Assim ela pode recuperar boa parte da energia perdida na reprodução sem ter que caçar para se alimentar, visto que caçar é uma atividade perigosa que requer tempo e muito trabalho, obrigando a mãe a deixar as suas crias sozinhas e indefesas.
Uma serpente pode comer outra serpente maior do que ela
Para resolver um mistério de longa data sobre como uma “King Snake” (gênero Lampropeltis) consegue comer outra cobra maior do que ela, pesquisadores gravaram e viram passo a passo o acontecimento. A King desliza as suas mandíbulas sobre a presa como uma esteira, depois comprime a sua própria coluna vertebral como uma esfregona para fazer a cobra descer pelo seu interior. Só então, quando tudo está feito, a King vomita um pouco de volta. E quem é que vai culpá-la disto?
As cobras podem “voar” mais de 15 metros
Se as cobras do gênero Chrysopelea – o gênero das “cobras voadoras” – quiserem passar de uma árvore para a outra sem descer, elas voam… Bem, na verdade elas planam. Para descolar, elas caem ou saltam de um galho para chegar mais alto e planar para mais longe. Em seguida, elas achatam o corpo e fazem ondas em formato de S para terem estabilidade no “voo”.
Pítons comem presas inteiras, com ossos e tudo
Cobras como as sucuris podem passar meses sem uma refeição. Porém, quando elas comem, não desperdiçam nada. Essas serpentes desenvolveram um sistema para extrair o cálcio do esqueleto das suas presas, contribuindo para uma refeição mais nutritiva. Elas são, portanto, fisicamente adaptadas para lidar com jejuns prolongados, realimentando-se com grandes refeições e intensa digestão e absorção de nutrientes.
As cobras apontam para os olhos das presas
As “cobras cuspidoras” (Najas) na verdade não cospem, em vez disso, contrações musculares espremem a glândula de veneno da cobra, forçando o veneno a sair e a alcançar até quase 2 metros de distância. Se elas acertarem nos olhos da presa, a neurotoxina pode cegá-la. Em 2005, os cientistas descobriram que elas realmente apontam para os olhos. E tem mais: o veneno não é lançado num fluxo, mas num borrifo com um padrão geométrico que é bastante adequado para atingir os olhos.
A serpente mais pequena do mundo poderia se enrolar numa moeda
A menor serpente conhecida, descoberta em 2008 em Barbados, é pouco menor do que 10 centímetros de comprimento e fina como um esparguete.
A Leptotyphlops Carlae provavelmente manterá tal título para sempre. Estas serpentes deveriam ser protegidas pelo facto de serem tão pequenas e inofensivas, isto porque, abaixo de um certo tamanho, pode não haver nada para os seus filhotes comerem.
Serpentes passam meses sem se alimentar e… crescem.
Imagine se você pudesse parar de comer durante meses, queimar gordura, crescer e andar bem! Pesquisadores retiveram a comida de 62 cobras – cascavéis, jibóias e pítons – durante cerca de seis meses, o período típico que serpentes ficam sem comer na natureza. Elas reduziram as suas taxas de metabolismo para sobreviver, algumas em mais de 72%. Surpreendentemente, elas também levaram mais tempo para queimar as suas reservas de gordura.