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História


O Cão da Serra de Aires é natural de Portugal e pode ser encontrado na região da serra que lhe deu o nome. Os antecessores do cão de Serra de Aires não são claros. As semelhanças físicas entre esta raça e o Pastor dos Pirinéus sugerem que o Serra de Aires pode ser uma variante que se fixou naquela região e evoluiu paralelamente. Aquilo que se sabe é que o Conde de Castro de Guimarães encomendou um casal de cães da raça Berger de Brie, que durante muito tempo foram considerados os pais do Serra de Aires. Contudo, pensa-se que este casal terá contribuído para o aperfeiçoamento da raça, em vez de a ter formado.

O Cão de Serra de Aires era utilizado para conduzir e pastorear pelas planícies do Ribatejo e Alentejo vários tipos de animais, desde ovelhas, cabras, porcos, cavalos, vacas, entre outros. Adaptado ao frio cerrado do Inverno e ao calor tórrido do Verão, o Cão de Serra de Aires tornou-se na companhia dos pastores pobres da localidade. É também utilizado como cão de guarda devido à sua desconfiança em relação a estranhos e capacidade de vigilância.

Nos anos 70 do século XX, o número de cães desta raça encontrava-se em declínio ao ponto de a raça estar quase extinta. Criadores dedicados à raça juntaram esforços para recuperar o número de exemplares. Em 1990 foi fundado o clube da raça, que seriam relançado no ano 2000.

Em Portugal o Cão de Serra de Aires tem crescido em popularidade, embora não consiga rivalizar ainda com a maioria das outras raças portuguesas. No resto do mundo, a raça ainda é virtualmente desconhecida. Contudo, o aspecto e atitude que lhe valeram a alcunha de “cão macaco” está a ganhar cada vez mais novos adeptos.


 

Temperamento
 

O Cão da Serra de Aires é protector, fiel e afectuoso. Devido ao instinto de pastor, tende a pastorear os membros da família. É paciente com crianças, mas não o deve deixar junto destas sem supervisão de adultos.

Como cão territorial, é um cão de guarda. É difícil de treinar, devido à sua inteligência e teimosia, mas aprende facilmente se estiver disposto a isso. Bom companheiro, dá-se bem com outros animais, embora os machos possam mostrar dominância em relação a cães do mesmo sexo.

Apesar de serem cães de Serra, adaptam-se bem ao ambiente urbano, desde que sejam suficientemente exercitados. Não são contudo indicados para a vida num apartamento. Gostam de longos passeios diários com a família e não se importam de viver no exterior. Se exercitados convenientemente são animais calmos dentro de casa.

 

Aparência Geral
O Serra de Aires é cão de porte médio com um aspecto despenteado e um focinho que se assemelha ao de um macaco, que lhe valeu a alcunha “cão macaco”.

De aspecto robusto, apresenta uma cabeça larga com um stop bem definido. O nariz é de preferência preto ou então mais escuro do que a pelagem. De expressão viva, os olhos são doces e de preferência escuros. Possui umas orelhas pendentes e triangulares, um bigode, uma barbicha e umas fartas sobrancelhas que lhe conferem um ar peculiar. Tem um peito proeminente e forte. A cauda afunila até à ponta e cai até aos jarretes. Pode erguer-se enrolada quando o cão está em acção.

A pelagem é muito comprida lisa ou ligeiramente ondulado. Segundo o estalão, as cores desejáveis para este cão são: o amarelo, o castanho, o cinzento, o fulvo e o lobeiro, tanto em tons mais claros, como também comum e escuro ou torrado e preto. Estas cores podem ser mais ou menos afogueadas e interpoladas, mas nunca malhadas, exceptuando uma pequena mancha no peitoral.
 

Higiene


O pêlo do Cão da Serra de Aires deve ser escovado duas vezes por semana, para impedir que crie riças. Contudo, escovagens em excesso podem alterar a textura do pêlo, tão característico da raça. É necessário aparar os pêlos das patas, mas o resto da pelagem não deve ser tosquiada. O banho deve ser evitado, pois danifica a camada oleosa protectora da pele.

Cão da Serra de Aires

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